13 de novembro de 2009

A purificação pela água

Tocaste à campaínha. Como sempre, estava atrasada e disse-te para subires. Cumprimentámo-nos com um beijo na cara e pedi-te para te pôres à vontade na sala, pois ainda tinha de tomar banho. Nas minhas andanças entre o quarto e a casa-de-banho, em preparativos, vi-te distraído. Queria estar na tua cabeça para saber em que pensavas. Entrei na casa-de-banho e encostei a porta. Despi-me e entrei na banheira. Adoro água quentinha. Sentir a água a escorrer-me pelo corpo é um prazer e um vício. Demoro-me a tomar banho. Demoro sempre. Ouvi a porta a abrir ligeiramente, mas era a minha gata. Gata feia. Não gosto de gatos. Nunca gostei! Continuo a sentir a água a aquecer-me o corpo quando ouço novamente a porta a abrir. Desta vez tive a certeza que não era a gata. Era um outro tipo de felino. Um predador. Daqueles em que a presa implora para que a apanhe. Afastaste a cortina da banheira e o teu olhar perguntou-me se poderias juntar-te a mim. Dei-te a mão e puxei-te para debaixo do chuveiro. Abraçaste-me. Quando senti as tuas mãos nas minhas costas, pela primeira vez, vibrei. Um arrepio bom atingiu-me o corpo todo e encostei-me a ti. Com a água a correr, as tuas mãos percorreram todo o meu corpo. Que macias, as tuas mãos! As minhas nádegas reagiram ao teu toque e pressionei-as contra as tuas mãos. Puxaste-me para ti e beijaste-me. Pela primeira vez, os nossos lábios tocaram-se. Carnudos - que pecado, num homem! -, macios, saborosos. O teu hálito electrizou-me. Uma mistura de tabaco, sugus e desejo. Beijaste-me novamente. E tornaste a beijar-me. O meu corpo, todo arrepiado, respondia ao teu de uma forma que eu nunca tinha sentido. As tuas mãos subiram das minhas nádegas, pelas costas, e trouxeste-as para a frente. Agarraste as minhas mamas suavemente, avaliando bem a forma, o peso, a consistência. Agradaram-te! Voltaste a beijar-me. E ajoelhaste-te...

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